Liefeld e a desconstrução da arte como manifestação sócio-cultural
Fã nos proporciona a visão de como Liefeld enxerga o corpo de Steve Rogers
O texto interessante dessa semana é um assunto que vira e mexe está nas rodas dos fãs de quadrinhos, principalmente de super-hérois.
Liefeld sempre é citado como um dos desenhistas mais odiados, principalmente pela sua construção de corpos e os seus pés sem dedos, mas há quem defenda que com tudo isso ele desenhou e desenha grandes personagens das principais empresas de quadrinhos dos E.U.A.
O texto interessante de sexta-feira foi retirado do site O Esporte Favorito dos Homens e foi postado por Renan Fogaça.
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Liefeld e a desconstrução da arte como manifestação sócio-cultural
Pressionados por argumentistas, por estúdios, massificação de estilo e Joe’s Quesadas da vida que se vislumbram arautos do saber: essa é a vida dos desenhistas de quadrinhos.
Claro, existem os trabalhos autorais, projetos independentes, mas qual artista renegaria trabalhar com a revista mensal do Batman? Ou alguma mini-série da Marvel? O preço pago é o cabresto do mainstream.
Com essa liberdade um tanto quanto limitada, o que faz de uma página de quadrinhos uma obra de arte? Porque quadrinhos é uma arte sim, não se engane. Seria boa perspectiva? Musculatura verossímil? Planos de fuga bem aplicados? Narrativa visual?
Com certeza a combinação de todos esses. Mas uma série de regras podem digerir uma arte? Dizer se ela é boa ou não? Uma tanto quanto não-artística essa abordagem. E a espontaneidade?
Por que não renegar todas essas diretrizes tão limitadoras? Revolucionar esquecendo tudo que aprendemos inclusive de olharmos uns aos outros? Parece uma tarefa simples, mas como Latino nos mostrou com sua epopéia “Festa no Apê”, só um gênio para encontrar a genialidade no fluxo contrário. Aí que entra Rob Liefeld.
Arte espontânea, humana, imperfeita, imprevisível na sua previsibilidade, polêmica. Mas limitada à imagem?
Liefeld faz uma critica ferrenha ao seu povo, os americanos, e ao ser humano porque não, nos retratando com rostos padronizados e poses não espontâneas, como se estivéssemos sempre nos portando esperando que o próximo nos note.
Corpos disformes sugerindo um surto coletivo de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (os vemos como eles se enxergam, pernas imensas e cabeças pequenas), cenários vazios como se não reparássemos no ambiente em que vivemos, e por aí vai.
Um mito. Picareta, caloteiro, projeto de artista. Criador de personagens plagiados, mas como não se repetir nas fórmulas de mais de 50 anos de vida? Liefeld brinca com isso, criando descaradamente mais do mesmo.
Artista ou farsa, impossível ficar indiferente a esse homem. Com o mercado de quadrinhos de super-heróis tão tedioso quanto nos dias de hoje, pessoas como ele indiscutivelmente fazem falta, mesmo que para ter alguém a quem criticar.
Visto no Esporte Favorito dos Homens – por Renan Fogaça
https://impulsohq.com/quadrinhos/liefeld-e-a-desconstrucao-da-arte-como-manifestacao-socio-cultural/quadrinhosLiefeld,Steve RogersFã nos proporciona a visão de como Liefeld enxerga o corpo de Steve Rogers O texto interessante dessa semana é um assunto que vira e mexe está nas rodas dos fãs de quadrinhos, principalmente de super-hérois. Liefeld sempre é citado como um dos desenhistas mais odiados, principalmente pela sua construção de...Renato LebeauRenato Lebeau[email protected]AdministratorIdealizador do Impulso HQ e amante dos quadrinhos, é pós-graduado em design gráfico. Seu sobrenome é uma homenagem a um super-herói mutante dos quadrinhos. Autor da pesquisa "Duas Linguagens em um Mesmo Universo - Os Limites e Fronteiras entre Design Gráfico e História em Quadrinhos", procura desesperadamente ser um mutante para se multiplicar e participar de todos os eventos de quadrinhos que gostaria.Impulso HQ
Curioso…
Nunca tinha visto por esse ângulo.
O texto faz sentido e poderia ser melhor explorado numa pesquisa mais profunda.
Parabéns!!
…meu amigo, não deu…a verdade absoluta é que ele é mediocre no que faz, ele nunca tentou fazer, nem crítica ferrenha ao seu “povo” e muito menos ao ser humano…seus corpos disformes indicam um desenho fraco e uma tentativa fraquissima de estilização…na verdade um trabalho pobre…o negocio dele é simples…dinheiro!!!…mas tiro o chapéu pelo texto…Renam fogaça é otimo.