Resenha HQB: Liga Jundiaiense de Super-Heróis nº1
Como a maioria das boas idéias, a que gerou esta revista também nasceu de maneira despretensiosa: a criação do personagem Taru-Man – uma referência, e brincadeira, a Tarumã, um bairro da cidade de Jundiaí/SP.
Este fato despertou em Ede Galileu a vontade de criar uma equipe de super-heróis que tivessem alguma relação com sua cidade, a já citada Jundiaí. Então, Galilei, Rodolfo Bonamigo (criador de Taru-Man) e Hugo Nanni elaboraram esta liga composta por personagens que representam um pouco a cultura da região:
Jundman, herói xavequeiro que adquiriu seus poderes após beber um suco de uva (Jundiaí é conhecida como a terra da uva); Italianona, representante da grande comunidade italiana da cidade; Taru-Man, uma árvore alienígena que habita a reserva ecológica Serra do Japi e que empresta seus poderes ao herói Ubiratã.
Completam a equipe: Estilingue Púrpura (exímio no manejo do estilingue), seu ajudante infantil (literalmente) Muleki Kaniveti; Garota-Urubú, a menina que veio do futuro, e o engraçadíssimo Homem-Chiclete.
Sem se esquecer de mencionar que o ser que reuniu a liga se manifesta somente através de animais rasteiros – o que faz com que acabe sempre pisoteado por um herói mais distraído.
A primeira HQ da revista serve como uma apresentação dos personagens, na qual conhecemos um pouco do estilo de cada um (o perfil físico, psicológico, o jeito de falar etc.).
Alguns personagens acabam aparecendo mais que outros, mas, no geral, a HQ cumpre bem sua função – informa e diverte.
Em seguida vem uma HQ sobre a origem de Taru-Man. É bem chatinha porque nada mais é que uma releitura da origem do Super-Homem.
Para finalizar, vem o grande destaque da revista: A HQ “A origem do Homem Chiclete”, bem curtinha – apenas 3 páginas – mas muito engraçada, principalmente pelos textos de Galileu e a reprodução de supostas capas de revistas famosas nas quais o herói já apareceu, como as revistas Caras, G Magazine e Mundo Estranho (Homem-Chiclete era um atleta e, atualmente, é uma celebridade na cidade).
Os desenhos não são um primor no quesito anatomia de Super-Heróis, mas são bem competentes e transmitem a descontração da revista.
A edição está bem cuidada com textos apresentando os personagens rapidamente e várias pin-ups da liga (a que tem uma fotografia da cidade ao fundo ficou muito bacana!).
Como se utiliza de vários elementos de Jundiaí, como arquitetura, as características positivas e negativas da região e, quem sabe, futuramente, até mesmo os habitantes reais de lá, imagino que a revista tem tudo para agradar leitores e patrocinadores da cidade.
Para os leitores dos outros municípios, a revista agrada por ser muito divertida, explorando situações cômicas vivenciadas por super-heróis (neste caso, também cômicos).
Nos deixa com uma vontade danada de ler os próximos números.
Liga Jundiaiense de Super-Heróis nº1
Autores: Ede Galilei, Hugo Nanni & Rodolfo Bonamigo
Revista Independente
36 páginas
Data: Novembro de 2009
R$ 5,00
Contato: www.jundcomics.com.br

Legal, Alexandre!
Fico contente com o fato de que tenha curtido nosso gibi.
Foi um luta danada, com direito a dedo nos olhos , facada nas costas , mas que no final,pelo menos valeu o esforço.
Não sei quanto aos outros colegas do Jundcomics, mas vejo potencial pra novas edições.
Só tem um pequeno detalhe: a ideia de se formar uma paródia de super heróis não foi algo proposto pelo Ede, pois foi o Rodolfo Bonamigo que criou o Jundman. Por sua vez este personagem tinha uma proposta mais séria, que foi , em parte demolida quando fizemos a HQ em que ele salva a garota Amanda.
Na sequência , senti a necessidade de explorar o nicho de HQs de gênero cômico, até incentivado por outro integrante do Jundcomics, o Celio Luigi, que é um grande fã da LJA do Keith Giffen, e é deliberadamente escrachada com os Supers.
Desta forma criei uma “dupla dinâmica” Estilingue Púrpura e o Muleki Kaniveti e o elemento fortão , que é a Italianona. E depois do Rodolfo explicar como seria o Taru Man, eu pensei em desenvolver um personagem que utilizasse dos poderes dados por esta árvore alienígena, para fazer o bem, se movimentando e integrando o grupo.
Neste meio tempo, o Ede criou o Homem Chiclete, e na falta de uma personagem que voava, todos nós bolamos a Garota Urubú.
Ainda ficou de fora uma criação do Alexandre Leonel, que apresentou-a depois de feita a HQ.Mas quem sabe, numa próxima…
Espero ter esclarecido este probleminha.
De qq forma valeu pelas dicas e espero que prestigie os trampos do Jundcomics!
Inté.
Poxa, Alexandre, valeu mesmo, o Hugo está certo, a idéia de se formar uma equipe de Super-heróis Jundiaienses foi minha mas eu confesso que minha intenção era fazer algo sério mesmo, mas esses meu dois colegas me convenceram a fazer nessa linha (ainda bem), acho que dá pra melhorar algumas coisas na próxima edição, é de críticas como esta que nós precisamos, vc colocou o que vc gostou e o que não gostou, assim a gente pode tentar melhorar na próxima, é de críticas assim que nós precisamos, (tem uns “críticos” por aí que simplesmente disseram que é uma porcaria, sem justificativa)teve muita gente que gostou também e é isso que nos incentiva. Gosto muito do “Impulso HQ” e está cada vez melhor, continue com o bom trabalho.
Abraço
Ede Galileu
Era essa mesma a intenção, super-herói que é super-herói tem que beber da fonte, do primordial, da cueca por cima da calça e do colante.Tem que ter parte com o Superman.
Bom, a origem do superman é uma releitura da origem do Moisés
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090320102018AAZUGQq
…estamos em casa…
Kripton era entrópico.
Arum terê é involutivo, como nosso planeta é atualmente.
Superman tem poderes que vem do sol.
A Mãe terra deu Sabedoria à Taru-man de como funciona a natureza, e seus bastidores.
Como graça em cima de graça não funciona, sobrou pro Taru-man ser o “chatinho”.
Obrigado pela crítica Carinhosa, no diminutivo.
Seu amiguinho,
Rodolfo Bonamigo