Resenha HQB: Blenq
A capa não agrada.
Eu sei que não se deve julgar um livro pela capa, mas numa época em que os estímulos visuais são tão utilizados nos meios de comunicação, não se deve subestimar o poder de atração e repulsa que uma capa exerce. Ainda mais em se tratando de quadrinhos onde é comum associarmos a qualidade da capa com a qualidade do material interno.
Aliás, essa é uma observação que se aplica em muitos lançamentos da editora Júpiter II: as capas quase nunca são atraentes. A editora presta um bom trabalho para a cena publicando, às vezes republicando, material de clássicos personagens da HQ brasileira e abrindo espaço para novos talentos, mas precisa investir mais em suas capas.
Superando essa deficiência, logo na primeira página da HQ “Devastação Florestal” (roteiro de Rod Gonzalez e arte de Darlei Nunez), o leitor se depara com outro desestímulo: a arte é visivelmente de quem está começando.
Os personagens têm poses duras, os cenários são pobres, a arte-final quase não apresenta variações de espessura e as hachuras inexistem, reinando os tediosos tons de cinza e seus infames degrades. Embora seja possível apontar algumas qualidades como o enquadramento e a diagramação, pelo visual, não dá muito gosto ler a HQ.
Se isso ocorrer, o leitor vai perder uma história interessante. A trama retrata a heroína Lâmina, aprisionada pelos vilões Artrópode e Coronel Guedes, no momento em que investigava o desmatamento da floresta amazônica no norte do Pará.
Blenq e Luã partem para resgatá-la e impedir que o desmatamento continue. A partir daí, tem início a tradicional pancadaria (que ocupa apenas uma página) que culmina com a derrota dos vilões.
A HQ “S.O.S. Bicho-Preguiça!” (roteiro de Rod Gonzalez & Amanda e arte de Óqui) encerra a edição apresentando uma arte mais madura e agradável aos olhos. Uma pena que quase todas as páginas estejam desfocadas. A história é sobre o tráfico de bichos-preguiças; Blenq e Luã são acionados pela ONG que empresta seu nome ao título da HQ, e que existe realmente, e partem à procura dos traficantes.
A HQ denuncia a triste realidade do tráfico de animais e as atrocidades cometidas com eles (é triste saber que um bicho-preguiça fora de seu habitat natural sobrevive apenas por cerca de oito dias).
Entre uma HQ e outra, a revista apresenta um passatempo, com palavras cruzadas e jogo dos sete erros, e textos sobre o bicho-preguiça e a ONG S.O.S. Bicho-Preguiça.
Os maiores méritos da edição são: sua mensagem ecológica; sua ação social (uma parte do dinheiro arrecadado com sua venda vai para a ONG mencionada); e o fato de colocar os super-heróis para fazerem algo útil e em sintonia com os problemas da nossa sociedade brasileira.
Mas, ao término da leitura, tive dificuldades em identificar para que público a revista se destina. Porque se for ao público infantil, penso que falta mais humor às histórias e o traço cartunesco ou mangá seriam mais apropriados.
Se a revista tem como meta atingir o público adolescente, falta mais pancadaria, movimentação, sensualidade e, talvez, os traços no estilo Marvel, ou mangá, funcionariam melhor. Se for voltada ao público adulto, são necessárias mais páginas para que se possa acrescentar profundidade na trama e no drama de cada personagem e da região em geral.
Finalizando: a edição apresenta iniciativa louvável, boas idéias e intenções de relevância indiscutíveis (e raras na cena de HQ). Isso é um ótimo começo, mas falta acertar a mão em alguns pontos para fazer uma revista à altura que o tema merece.
Blenq nº1
Autores: Amanda e Rod Gonzalez (roteiros); Darlei Nunez e Óqui (desenhos).
Editora: Júpiter II
Nº de páginas: 28
Data: Outubro de 2008
Preço: R$ 3,00
Contato: [email protected]

MUITO BOA, bem balanceada, e parabens pelo cuidado
Como é que é cara? A capa não agrada? Cê tá louco!!! Bebeu, só pode ser! A capa é obra do Grande Emir Ribeiro, desenhista de renome internacional, que já trabalhou na Marvel, se você não sabia. Bkzete enrustida é fogo. Se fosse material gringo, com a capa sendo o Surfista Prateado em vez de um legítimo super-herói nacional, certamente agradaria mais, mesmo que fosse a mesma pose.
É por isso que o quadrinho nacional não vai para frente. Em vez de dar apoio para quem está começando, já de cara vai criticando um profissional competentíssimo que fez a capa e depois passa a malhar um verdadeiro herói nacional que é o Blenq.
Se toca, cara! Vai fazer algo de útil!
Todo apoio a HQ Nacional!
CBQ neles, Blenq!!!
Eu também não compraria a revista pela capa. É muito ruim. Se fosse com o Surfista Prateado, certamente seria rejeitada pelo editor.
Kléber Galvão diz:
Como é que é cara? A capa não agrada? Cê tá louco!!! Bebeu, só pode ser! A capa é obra do Grande Emir Ribeiro, desenhista de renome internacional, que já trabalhou na Marvel, se você não sabia.
Caro Kléber Galvão, também achei a capa de pouca qualidade, e não, não sabia ser o autor o conhecido Emir Ribeiro. Contudo, mesmo sabendo agora da autoria, minha opinião acerca de sua pouca qualidade se mantém. Saber aceitar críticas faz parte da inteligência e prova maturidade – ou ao menos alguma medida de maturidade – de qualquer pessoa.
Kléber Galvão diz:
Bkzete enrustida é fogo. Se fosse material gringo, com a capa sendo o Surfista Prateado em vez de um legítimo super-herói nacional, certamente agradaria mais, mesmo que fosse a mesma pose.
Sinceramente, mesmo que fosse o Silver Surfer, com esta qualidade apresentada, ainda assim, não me sentiria entusiasmado a adquirir.
Kléber Galvão diz:
É por isso que o quadrinho nacional não vai para frente. Em vez de dar apoio para quem está começando, já de cara vai criticando um profissional competentíssimo que fez a capa e depois passa a malhar um verdadeiro herói nacional que é o Blenq.
O Quadrinho Nacional não vai para a frente, caro Kléber, mais devido à excassez de bons roteiristas, editores desinteressados em promover os talentos nacionais, desenhistas que não aceitam críticas e, com isso, impedem seu traço de evoluir, e a leitores excessivamente centrados nas franquias multi-midiáticas estrangeiras, os “Batmen”, “Spidermen” e afins. Heróis nacionais são assim quando admitidos pelas instituições de um país. Tiradentes e Santos Dummont são heróis nacionais. Eu, particularmente, nem conhecia o Blenq (perdoe-me por este desconhecimento, ok!).
Kléber Galvão diz:
Se toca, cara! Vai fazer algo de útil!
Mas o autor desta crítica está, sim, fazendo algo pelo quadrinho nacional. Está sendo isento, objetivo e profissional em sua resenha. Se suficientemente compreendido, os autores da obra resenhada, “Blenq”, em uma edição vindoura, poderiam melhorar a qualidade de seu trabalho, alcançar evolução, demonstrando, assim, inteligência. Aliás, a própria definição de inteligência é a capacidade de evoluir através da mudança.
Kléber Galvão diz:
Todo apoio a HQ Nacional! CBQ neles, Blenq!!!
Sim, todo apoio aos quadrinhos brasileiros!!
Abraços e sucesso a você, caro Kléber Galvão!
E abraços e sucesso, Alexandre Manoel, e toda a galera do Impulso HQ.
tem gente que pensa que só pq é nacional tem que apoiar, mesmo sendo porcaria!
viu como de cara ele mencionou o bk!?
é só mais um sem noção!
ñ importa quem desenhou a capa, poderia ter sido ató o leonardo davinci!
se ñ chama a atenção ñ serviu o proposito!
Esse gibi foi uma ação entre amigos.
Um apoio do Emir Ribeiro ao seu fiel seguidor, o Rod Gonzales.
Não é uma publicação séria.
É uma bobagem, uma tolice que o Emir fez como forma de pagamento para o Rod.
Mas o Emir foi PREGUIÇOSO! Prá um cara que desenhou pros EUA, é vergonhoso que ele tenha feito um desenho tão ruim, tão torto e tão porco.
Mas faz sentido: o bicho preguiça aparenta se bonitinha mas é um animal entupido de doenças e parasitas.
Portanto, ele é o símbolo do quadrinho nacional.
Parabéns pela resenha e não se importe com esses radicais imbecis.
Eles apanharam muito quando eram crianças.
Por isso ficaram isso aí: burros e sem noção.
Agradeço a divulgação e a atenção dedicada ao Blenq.
Não concordo que deva ser obrigatório para determinado personagem que seja antes previamente direcionado para esta ou aquela faixa-etária.
No caso, o Blenq se destina para todas as idades.
Quem é acostumado somente com o atual desenho industrial de HQ pode estranhar um pouco os desenhos verdadeiramente artísticos da edição.
O conceito do Rod sobre o que é “verdadeiramente artístico” só pode ser compreendido sob a ótica ———————————–
Porque a prancha da capa está torta, a anatomia do “personagem” está absurda, a imagem de fundo foi escaneada de um gibi velho do Emir ————————————————-conforme se comprova no link a seguir: http://img.photobucket.com/albums/v303/jrp_bk/3229522498_238912e435_o.jpg
E aqui———————–Brian Bolland: http://img.photobucket.com/albums/v303/jrp_bk/3229522502_ec3d1d0837_o.jpg ) ——————————, saberia que o Bicho Preguiça é o animal mais sujo e pestilento da mata!
Seu corpo é um verdadeiro ecossistema de tanto bicho que ele carrega!
Nem o Super-Blenq aguentaria carregar o bicho!
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As linha strecejadas representam textos cortados! Sinto muito Roberto, mas ofensas diretas ao quadrinhistas não são publicadas no Impulso HQ!