Entrevista: Fernando Ikoma
Este bate papo publicado hoje de maneira inédita, foi realizado com Fernando Ikoma no dia 17 setembro de 2008.
É com grande prazer que tenho a oportunidade de fazer essa tão esperada entrevista!
Fernando Ikoma é tão importante para o quadrinho brasileiro quanto Maurício de Sousa e outros mestres. Suas HQs psicológicas levaram as Histórias em Quadrinhos a um ponto ainda não alcançado, levando o leitor a sentir diferentes sensações.
Publicados pela editora Edrel durante os anos 60/70, personagens de Ikoma como Satã, Fikom e Playboy são até hoje em dia lembrados como alguns dos melhores já criados e suas HQs as mais avançadas nos seus roteiros.
Esse bom material foi reprisado uma única vez, nos anos 1990, pela editora Sampa.
Durante a entrevista Fernando Ikoma fala de seus personagens marcantes, se ele parou de produzir HQs, sobre possíveis plágios por quadrinhistas ingleses e muito mais!
Entrevista:
Rod Gonzalez: Suas HQs e seus personagens sempre tocavam em temas muito avançados para a época, ousados até mesmo para os dias de hoje. As histórias do Playboy e sua gangue eram cheias de sexo e conquistas amorosas. Já li algumas e continuam atuais, mereciam republicação! Quantos personagens o sr. já criou?
Fernando Ikoma: Para começar pode me chamar de você, pois ainda jogo figurinhas, bato uma bolinha, corro atrás de balão e sou casado com uma menininha tipo heroína de histórias em quadrinhos.
Você me fez um montão de perguntas interessantes e acho que não vou poder responder todas de uma vez, pois algumas delas são muito complexas e exigem muito este humilde datilógrafo de dois dedos que era melhor e mais rápido quando escrevia com bico de pena.
Algumas coisas não me lembro bem, porque eu era um garotão cheio de sonhos e todas as 4.000 páginas que publiquei foram antes dos 25 anos.
R.G.: Quanto tempo demorou para publicar sua primeira HQ? Como foi seu começo de carreira?
F. I.: Só para ter idéia, naquele tempo nada era fácil. Eu morava em Curitiba, escrevia uma história, pegava o ônibus à meia-noite e sem dormir (pois sempre tive insônia crônica) chegava em São Paulo às 7 hrs e me aventurava à procura de uma editora.
Foram mais de 10 viagens e quase uma centena de nãos. Essa epopéia levou mais de 1 ano e podes crer, se eu não fosse tão teimoso teria desistido na 5ª viagem pois o tratamento nunca foi de primeira.
R.G.: Qual dos seus personagens é o mais famoso?
F.I.: Quanto ao personagem que fez mais sucesso acho que foi “O Paquera”.
R.G.: O senhor parou com os quadrinhos? Possui alguma HQ inédita?
F. I.: Vocês me conhecem mais pelos meus personagens, mas escrevi muitas histórias avulsas, do cotidiano e de ficção, que nada tem à ver com terror ou extraterrestres.
Lamento que a maioria tenha se perdido, pois nunca arquivei nada.
Lamento também ter parado tão cedo, pois acho que eu tinha mais algumas coisas à acrescentar ao meu curriculum.
Não sei se lhe contaram, mas agora estou nas artes-plásticas, o que não deixa de ser um quadrinho maior, mas que exige bem menos trabalho.
R.G.: Muitos especialistas consideram que sua obra pode ter sido copiada por quadrinhistas ingleses, que teriam conseguido edições da Edrel, quando essa publicou as HQs da Bikini Cat. Essas edições teriam chegado nas mãos de Alan Moore e Neil Gaiman. O primeiro teria lhe copiado o Playboy, com Constantine e o último copiou-lhe respectivamente o Fikom e a Satã, criando então Sandman e sua irmã Morte. O que você tem a dizer sobre isso?
F. I.: Era muito fácil para o plagiador que tinha tudo mastigado e era só copiar, mas, no meu caso que gostava de criar e escrever minhas próprias histórias e elaborar o tipo físico dos meus personagens poderia ser mais difícil,mas eu compensava tudo isso com a rapidez que foi a minha marca registrada, tanto é que na Edrel eles me esperavam chegar de Curitiba para fechar a revista.
Ou seja: “precisamos de uma história de 8 paginas”e alí mesmo das 8hrs. Até de tarde eu escrevia e desenhava uma história completa. A minha média diária era de 10 à 15 páginas.
Como eu ia dizendo, naquela época era mais difícil para um quadrinista brasileiro porque falavam que um autor americano tinha uma equipe de modelos e um andar inteiro ou mais de materiais à sua disposição.
O que deve ser verdade, haja vista que hoje, para a produção de um Nemo, Sherek etc., a equipe é tão grande que dá voltas em um quarteirão. Aqui a gente escrevia as histórias no ônibus e desenhava pelas paredes.
Só para ter idéia uma coisa que sempre me deixou maluco foi ter que procurar uma referência quando a situação exigia, por exemplo, uma cidade tipo Nova York ou uma arma ou um tipo de carro, sapatos, vestuários e etc.
Naquele tempo as revistas da época eram Manchete e O Cruzeiro, ou seja, fontes de referências muito pobres. Por isso perdi muito tempo elaborando um arquivo de cidades, roupas, carros, ruas, interiores e etc.
Hoje, mesmo não tendo uma retaguarda à sua disposição o artista tem acesso à internet e à todo tipo de material que um CD ou DVD pode proporcionar, à um clicar do controle (o controle remoto era obra de ficção). Só para ter uma ideia, o vídeo cassete que poderia ser muito útil, nem existia. Material erótico então, só se a gente fosse para a praia para ver umas perninhas. E mesmo que visse e pudesse fotografar, a fotografia era tão caro que seria impossível construir um pequeno arquivo. Hoje em dia com a máquina digital você pode armazenar milhares de fotos num simples CD.
Como já contei; hoje os modelos não seria o problema, pois além de sete filhos bem saudáveis, como que prevendo o futuro, casei-me com mulheres muito parecidas com as personagens das minhas historias, que por sua vez tem muitos irmãos, irmãs e sobrinhos que (exageros à parte) dariam para fazer a alegria de qualquer agência de modelos.
R.G.: O Maurício de Sousa costuma colocar nos seus personagens o nome dos filhos. Mas pela idade que tem suas filhas, eu imagino que com você tenha sido o contrário, as personagens é que batizaram suas filhas! Estou certo?
F.I.: Quanto aos meus filhos, você tem razão. Ao contrário de Maurício de Souza que deu nome aos personagens em homenagem aos filhos, os meus vieram bem depois e na verdade só a Sibelle tem o nome da Espiã de Venus, pois meus filhos nasceram depois que eu já tinha parado com os quadrinhos.
Tanto é que o Fábio que você conhece, quando tinha 15 ou 16 anos veio me perguntar se era verdade que eu tinha feito HQ e quando eu disse que sim, ele ficou maravilhado, mas recusou se acreditar.
R.G.: Essa próxima pergunta me foi feita por sua própria filha, mas eu vi apenas uma ilustração dessa personagem não soube responder com detalhes: quem é sua personagem Sabrina?
F.I: Quanto à Sabrina, embora ela não saiba. Eu a homenageei várias vezes em histórias românticas por isso ela veio essa menina carinhosa, meiga e companheira.
Rod Gonzalez: Muito obrigado por me ceder essa entrevista. Considero o senhor um grande mestre dos quadrinhos brasileiros e seus personagens muito importantes. Fundamentais!
Também não posso esquecer-me de agradecer ao seu filho Fábio e suas filhas Sabrina e Sibelle, que tornaram essa entrevista possível!
Um grande abraço do seu fã!
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O Impulso HQ agradece mais uma vez a Rod Gonzalez por sua gentileza em enviar a entrevista e permitir que ela seja publicada.
https://impulsohq.com/quadrinhos/entrevista-fernando-ikoma/quadrinhosFernando Ikoma,Fikom,HQs,Mauricio de Sousa,Playboy,Rod Gonzalez,SatãEste bate papo publicado hoje de maneira inédita, foi realizado com Fernando Ikoma no dia 17 setembro de 2008. É com grande prazer que tenho a oportunidade de fazer essa tão esperada entrevista! Fernando Ikoma é tão importante para o quadrinho brasileiro quanto Maurício de Sousa e outros mestres. Suas HQs...Renato LebeauRenato Lebeau[email protected]AdministratorIdealizador do Impulso HQ e amante dos quadrinhos, é pós-graduado em design gráfico. Seu sobrenome é uma homenagem a um super-herói mutante dos quadrinhos. Autor da pesquisa "Duas Linguagens em um Mesmo Universo - Os Limites e Fronteiras entre Design Gráfico e História em Quadrinhos", procura desesperadamente ser um mutante para se multiplicar e participar de todos os eventos de quadrinhos que gostaria.Impulso HQ
O que pega nessa “entrevista” e o descaramento laudatório do Rod!
“Fernando Ikoma é tão importante para o quadrinho brasileiro quanto Maurício de Sousa e outros mestres.”
Peraí!
Importante AONDE?
QUANDO?
E de que forma?
A gente pode perceber pelas amostras aqui disponíveis que o desenho do homem era, e é, muito ruim!
Era um trabalho feio, cansado, caquético…
Que tinha seu valor na época, claro mas, hoje, está muito aquém de tudo.
E tem esse lance do plágio!
Como é que o Impulso HQ, um site que se considera sério, ousa dar espaço a essas calúnias absurdas do Rod que vê os quadrinhos estrangeiros como plagiadores?
O Rod está numa cruzada de endeusamento da HQ nacional.
Só que ele MENTE!
Ele força a barra, engana, ilude e acaba por denegrir a HQ como um todo.
Ninguém nos EUA jamais plagiou a HQ brasileira.
Nunca.
Mas quando o Rod fica levantando suas calúnias e difamações, compromete o VEÍCULO onde ele se expõem.
É muito triste que este site dê espaço a um mentiroso, um caluniador e um notório UFANISTA que denigre a HQ como forma de Arte.
E que usa essas entrevistas para fazer sua apologia maluca!
FORA COM ELE!
Olá Roberto
O Impulso HQ sempre deixou claro que abre e irá abrir espaço para textos enviados sobre quadrinhos para poder ter a possibilidade de debate de ideias e comentários elogiando ou não o autor!
O Impulso HQ se considera sim um veículo sério e o fato de colocarmos os textos do Rod não significa que apoiamos ou não as suas ideias e sim que consideramos que elas devam ser divulgadas independentemente se é uma postura particular do autor!
Abraços
Então como é que você me explica seu site divulgar uma absurdo destes:
“Fernando Ikoma é tão importante para o quadrinho brasileiro quanto Maurício de Sousa e outros mestres.”
Porque não tem meio termo, cara!
Se você abre espaço pro sujeito, você apoia ele e todas as lorotas, cascatas e absurdos que ele prega em tudo quanto é canto.
Como é que você endossa e concorda com o Rod chamar o Neil Gaiman de plagiador de um desenhista nmequetrefe do Terceiro Mundo?
Isso é calúnia e difamação, dois crimes previstos no Código Penal e muito me impressiona que você mantenha esses absurdos dependurados em seu site…
Só para criar polêmica besta e pageview!
Não é assim que funciona uma democracia, cara.
O Rod teria a OBRIGAÇÃO ÉTICA de vir a público e CONFIRMAR TUDO o que ele diz…
COM PROVAS!
Só que ele não tem prova alguma, não passa de um mentiroso, de um demagogo embusteiro que sai por aí numa campanha pseudo-nacionalista…
E o Ikoma, que já está no ocaso da vida, vai nma conversa do cara e faz o jogo dele.
Se você quer fazer um site sério, vai ter que tomar atitudes sérias e passar a RESPEITAR a inteligência do seu leitor.
Não se pode acusar sem provas, e ele acusou sem provar e, por conseguinte, o veículo onde ele se manifesta é cumplice dessa calúnia.
Você pode até duvidar de mim.
Então, lhe recomendo repensar sua postura ou pelo menos faça a gentileza de consultar um jornalista ou um advogado.
Isso, se você for realmente sério, o que duvido, pois publicou essa “entrevista” ordinária e tendenciosa.
Para com isso, mano!
Bela entrevista, há tempos Fernado Ikoma merecia ser lembrado por alguém do nosso meio, pois ao contrário do Roberto acho que sua obra atribuiu sim muito valor as nossas hqs, lembrando que a “turma” da Edrel (Minami Keizi, Cláudio Seto o própio Fernando Ikoma e outros) introduziu o mangá aqui no Brasil, lógico no que se refere a estética do traço, mas isso muito antes de paises de 1º mundo como EUA e outros da Europa.
Tive a felicidade de trabalhar com o fundador da Edrel o
Sr. Minami Keizi, infelizmente falecido recentemente, uma grande perda, que me apresentou o vasto material produzido por esse pessoal na época, incluindo muito material do Ikoma, e se considerarmos à epoca 65/66 era um traço bem morderno, com lances de design e recursos de linguagem inovadores, principalmente quando se referia a histórias com cunho mais psicológicos, falo isso por que tive acesso a esse material, lí algumas hqs, não todas lógico mas as que eu lí eu constatei isso e se levarmos em conta os recursos primários que eles tinham é algo que deve sim ser exaltado, em algumas hqs é possível até ver efeitos parecidos com computação gráfica, não sei como conseguiam mas faziam e pelo que percebi esses macetes eram sempre para contribuir com a verdadeira razão de uma hq existir ou seja, contar uma história, não como muitos contemporãneos utilizam hoje em dia só pra dar um visualzinho descolado, bom é isso não estou aqui pra defender ningúem apenas precisava relatar o que conheço da obra do Ikoma e o quanto ele foi inovador em alguns aspectos numa época que muitos desenhsitas entre eles o Maurício de Souza ainda estavam engatinhando.
Um abraço aos leitores aos responsáveis por este site, continuem com este ótimo trabalho de divulgar os autores de hoje sem se esquecer dos mestres do passado.
Se o Roberto é grande fã de Gaiman e Moore, até entendendo a raiva, mas se observarmos bem, nem o entrevistador nem o entrevistado afirmaram o plágio. Tá certo que pode não ser o procedimento mais corajoso, mas o entrevistador disse que ouviu falar e pediu confirmação para o entrevistado. O entrevistado por sua vez, não afirmou nem que sim, nem que não e falou como trabalhava na época.
Li uma história do Playboy do Ikoma. para mim nãi me lembrou nem um pouco o personagem de Moore. Mas sem dúvida era muito bem feita e de qualidade. Essa tal de Satã tô vendo agora, mas dá impressão que é uma figura meio assustadora como uma bruxa, aspecto que não é bem a característica da Morte de Gaiman, que aliás são classificadas de terror mas fogem desse gênero em vários momentos e portanto diferem do gênero “Contos da Cripta” que influenciavam os quadrinhos brasileiros daquela época.
engraçado esse Roberto falar esse tipo de coisa pois quadrinista mequetrefe do terceiro mundo não teria obras suas expostas nos quatro cantos do mundo, não seria um artista plástico renomado com quadros no museu do vaticano, muito menos receberia um premio Angelo Agostini como mestre do quadrinho nacional. Esse Roberto ae é muito cara de pau… ele nem sabe o que esta falando, é muito engraçado isso, pois chega a ser bizarro. Uma pessoa que não tem a menor noção do que esta dizendo, se vc conhecesse o Ikoma como eu conheço vc engoliria todas essas merdas que vc esta falando, pergunta pro Marcio Baraldi o que ele pensa disso? ahahhaha
Terceiro mundo???? Vc não é brasileiro né… orozco, rivera, kahlo, portinari são mequetrefes do terceiro mundo, marley também é um mequetrefe do terceiro mundo,pq artistas do primeiro dariam atenção a mequetrefes como esses?
Vik Muniz outro mequetrefe do terceiro mundo tsc tsc.
Olha só ROberto o que o Marcio Baraldi disse:
“O Brasil teve muitos super-heróis bacanas nos anos 1960 e 1970, os meus preferidos eram o Fikom e o Golden Guitar, eu os considero extremamente originais e absolutamente GENIAIS! Só pela história da origem do Fikom, Fernando Ikoma (o criador do personagem) já entrou pra história da HQ mundial como um gênio!”
“http://www.bigorna.net/index.php?secao=entrevistas&id=1120225050”
Em nenhum momento o Ikoma disse que Neil era plageador e ele ja me confidenciou que alguns desenhistas daquela época aqui do Brasil plagiavam histórias estrangeiras, e pegavam tudo mastigado, aqui em curitiba os Artistas Plasticos ficam abismados com o poder criativo do Ikoma ele é uma máquina de criar. Ele só disse que ele não plageia. Estou aqui defendendo o Ikoma para que as pessoas que por ventura não o conhecem e entrem nesse site não tenham a idéia erronêa que esse mal carater do Roberto Pereira esta querendo passar de um GÊNIO DA HQ, esse desnaturado esta querendo difamar uma carreira brilhante de um dos quasrinistas mais originais da história da hq brasileira. só por não gostar do Rod Gonzales. Se liga Roberto. Pesquise antes de falar mal de alguém, leia a sua biografia, escute o que as pessoa próximas tem a dizer dae sim tire suas conclusões pois senão isso não passará de um preconceito ridiculo. Vc não entende nada de desenho de pintura ou nada que seja relacionado a arte pra abrir essa boca suja. Estude pintura, desenho leia muito a respeito entenda o que é suimê qual o valor do traço no desenho e essas coisas talvez vc mude radicalmente suas opinioes sobre o que vc acha ruim e o que acha bom.. sou formado em pintura pela escola de musica e belas artes do paraná e sei o que estou falando e cansei de ver trogloditas querendo dar pitacos sobre coisas que eles não entendem nada. Vc ja leu a história do FIKOM? ou do Playboy? então cala a boca. QTOS ANOS VC TEM??????
Com certeza esse sr. Roberto nunca teve a sorte de ler alguma coisa do MESTRE Ikoma, pra desmerecer sua obra e sua arte dessa forma,inclusive desrespeitosa.
Na boa, pessoal.
Que desenho tosco do cacete.
E vocês ficam ae, endeusando isso.
Acho que tá fantando um pouco de noção crítica.
Esse cara não sabe que o Ikoma tem quadros no museu do vaticano, no museu de arte de são paulo, na pinacoteca, no palacio real da suécia, museu de arte contemporanea do paraná, museu de arte contemporanea de santa catarina.
Eu racho o bico qdo vejo leigos falando de coisas que não sabem.
Que inveja hein Sr. Roberto.
Meu pai é um mestre das artes plásticas.
Escreveu mais de 4.000 paginas de hqs
Seus quadros são muito valorizados esta presente
em todos os dicionarios de arte do Brasil.
Ganhador do premio Julio Louzada pela sua carreira
nos quadrinhos.
As primeiras histórias ele tinha apenas 16 anos de idade.
E ele não esta no ocaso da vida não.
Até hj eu nunca tinha ouvido falar de vc, imagina
Juarez Machado ja o elogiou na minha frente. Nem deve saber quem é juarez machado.
Agora quem é Roberto Pereira? Alguem aqui ja ouviu falar dele? Sinceramente nunca ouvi.
Comecei a minha carreira de desenhista com o curso comics da editora edrel por correspondencia,pois eu morava em porto alegre. Tenho um exemplar do livro a técnica das histórias em quadrinhos, adquirido em 22 de janeiro de 1974. Quantas e quantas vezes desenhei os personagens do Fernando Ikoma.
Chegando meio tarde na briga, mas metendo a colher.
Sobre O trabalho de Ikoma:
Deveríamos abrir mão destas brigas bobinha e lutarmos para
divulgar mais a arte nacional, hq, literatura, artes plásticas, etc.
Afinal, o que pregava a Semana da Arte Moderna?
Não concordo com estas briguinhas tolas, mas afirmo que eu não conhecia o trabalho de Ikoma, mas quero conhecer, não em virtude do “plagior, não plagio”, mas sim em virtude do “o cara é bom”.
O Brasil tem um pool enorme de potencial, nas artes e nas ciências, que são disperdiçados, digo isto, pois comecei a estagiar como professor de biologia e me dói ver quantos talentos desperdiçados temos aqui, por pura falta de incentivo, falta de divulgação, falta de mecenas (quem compre).
O trabalho de Ikoma envelheceu? Pessoal, afirmo, até o trabalho de Jack Kirby envelheceu, mas isto não desmerece a qualidade do trabalho, assim como o tempo não desmereceu Jack Kirby e outros quadrinhos.
A FIQ (feira internacional de quadrinhos), está chegando aí, aproveitem.
Sobre o plágo:
Talvez tenha sido, talvez não.
Talvez seja mera coicidencia, e acreditem, isto é muito comum nas artes, cinema e literatura que o diga.
Mas o essencial é largar estas bobiças pra lá, e correr atrás de fazer nossa arte brilhar, espalhar ao mundo, se em terras tupiniquins não há quem compre, o resto do mundo é mercado.
Lembremos que muitos pintores, pintam pessoas, mas o primeiro homem da caverna que pintou um na parede, não lembro dele acusando ninquém de plagio e pedindo royalites, mas sim ensinou os amigos, como desenhar.
Algumas observações de quem, na década de 70, se surpreendeu com a genialidade de FIKOM:
1 – Julgar méritos e deméritos do passado com base em méritos e deméritos que só o progresso, no futuro, pode proporcionar é uma falácia, um erro de argumentação grave. Eu li os quadrinhos na década de 70 e leio os quadrinhos de hoje (2011): em ambos os casos encontro criatividade, genialidade e mediocridade. Não bastam desenhos descolados, é preciso ser original, criativo e inovador. Fikom, habitava os sonhos, antecipou muito do hoje vemos no cinema e nos HQ!
2 – Por que a agressividade, a raiva, o furor, o ódio destilado contra a pessoa do Fernando Ikoma? Por que tanto extremismo? Calma! arte é subjetividade. Em FIKOM os traços eram tão ágeis e simples, as expressões tão profundas, cada quadrinho intensificava o clima psicológico de tal maneira que o encanto era inevitávil. Sim, arte não é só sofisticação, perfeição, obediência a um padrão rígido de gosto. Um simples traço pode ter mais arte que uma tela pintada dentro dos canones estabelecidos…
3 – Vida longa para Fernando IKOMa.
Obs: Não conheço Fernando IKOMa, já fui desenhista amador de quadrinhos e, mais importante, sempre amei os quadrinhos e todas as outras artes. Aindao sou fam do Fikom e do Homem-aranha. E acho que tudo é possível: Estrangeiro plagiar brasileiro e brasileiro plagiar estrangeiro (principalmente o último caso!)
Jorge Braga