Cinema HQ – Parte 03
Texto de: Denilson Rosa dos Reis
Quarteto Fantástico: Sobra humor, falta ação! Poderia resumir desta forma o filme do Quarteto Fantástico que chegou as telas este ano. Não estou dizendo que o filme seja ruim, mas teve poucas cenas de ação e suspense, compensada em certa forma pelo humor na dose certa e a bela presença de Jéssica Alba como a Mulher Invisível.
Acredito que a equipe do Senhor Fantástico, que além da Mulher Invisível, conta com o Tocha Humana e O Coisa, poderá render uma seqüência melhor, já que o primeiro filme tem a preocupação com a origem dos heróis.
Mulher-Gato: Fizeram um péssimo filme sobre uma ótima personagem do universo das histórias em quadrinhos. Primeiramente mudou o perfil da personagem, depois o nome.
Acreditava até que não fosse uma adaptação da criação de Bob Kane, mas ao ver o filme lá estava o crédito ao criador. A história ficou entediante e os efeitos de computação gráfica foram demasiadamente exagerados.
Ver a Mulher-Gato saltitando na tela de forma grotesca, da vontade de tirar o DVD. O que salva são os extras, onde encontramos um documentário sobre as várias faces da Mulher-Gato, dos quadrinhos aos seriados de TV.
O Justiceiro: O filme O Justiceiro chegou sem o mesmo estardalhaço de outras produções para o cinema sobre personagens da Marvel, tanto que aqui no Sul nem foi lançado nos cinemas, talvez em todo o Brasil. Mas fizeram um bom filme deste anti-herói das histórias em quadrinhos.
Embora o personagem chame-se “justiceiro”, o que Frank Castle (Tom Jane no filme) quer é punição aqueles que fazem o mal. O legal do filme é que o roteiro apresenta cenas de vingança muito criativas e o personagem está bem caracterizado como anti-herói, totalmente cruel e impondo suas próprias regras.
Elektra: As HQs estão ganhando um boom nas telas de cinema. Como a produção é intensa, algumas adaptações acabam ficando um tanto aquém da obra publicada no papel. Acredito que este tenha sido o caso do filme Elektra.
A sensual heroína da Marvel tem consigo uma bela trama envolvendo a eterna batalha entre o bem e o mal, mas o filme – que até apresenta uma introdução interessante – não deslancha. O espectador pouco conhecedor das HQs de Elektra não tem esclarecimento sobre algumas tramas, como a organização Tentáculo.
O filme acaba virando apenas mais uma aventura para entretenimento com a beleza de Jennifer Garne.
*Professor de História, músico e fanzineiro
Contato: [email protected]
Ilustração: Anderson Ferreira (Alvorada/RS)

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