Nós Assistimos: Oito Mulheres e um Segredo

Há algum tempo Hollywood vem fazendo reboots e remakes trocando o gênero de personagens. Embora essa mudanças às vezes possa ser um desastre, como em Caça-Fantasmas, algumas mudanças trazem um frescor e ajudam a dar fôlego à franquia, caso do recente Ocean’s 8 ou Oito Mulheres e um Segredo.

O quarto filme da “série” Ocean’s (termo que ficou por causa do nome original do filme) traz como protagonista a irmã de Danny Ocean, Debbie (Sandra Bullock). Como o irmão ela tem uma vida de crimes e após ser passada para trás foi presa. Durante os 5 anos em que passou na cadeia ela pode planejar um crime perfeito digno do senso de planejamento herdado pela família.

Assim como no filme de 2001 (Onze Homens e um Segredo), este conta com a cena da audiência de condicional iniciando o filme, apenas uma das várias referências ao primeiro. As aparições de Reuben (Elliott Gould) e Yen (Shaobo Qin), o modo como foi feita a edição, trilha sonora e fotografia são pontos que podem ser vistos como homenagem e que também como uma marca da franquia.

O plano todo gira em torno de uma celebridade Diane Kluger (Anne Hathawya) e um valioso colar da Cartier que ela deve usar no Baile de gala do Met. As atuações são sempre o ponto alto da franquia e a química entre Sandra Bullock e Cate Blanchett é tão boa, ou melhor, que a de Pitt e Cloney, e até as novatas Rihanna e Awkwafina surpreendem, a trama conta ainda com Sarah Paulson, Helena Bonham Carter e Mindy Kaling,

O roteiro acerta ao explorar os diferentes estilos de mulher e ainda dá uma leve alfinetada em um dialogo de Debbie e Lou (Cate Blanchett) sobre a razão de Debbie não querer homens na equipe, para o trabalho é preciso passar despercebida.

Em suma o filme é uma boa atualização da franquia, que estava precisando de uma repaginada e troca Las Vegas por Nova York. A troca de elenco traz um frescor para quem procura não originalidade, mas uma história de roubo com um plano supercomplicado.