Já tem algum tempo que Hollywood vem retomando antigos sucessos e os repaginando para um novo público. Algumas vezes funciona bem, como em Star Wars, e às vezes é pavoroso, como em Indiana Jones. Agora chegou a vez de revisitarmos os Homens de Preto, franquia amada pelos fãs de Will Smith.
Nesta nova versão, a agência MIB continua protegendo a Terra da escória do universo, porém, os aliens se espalharam e foi preciso espalhar os agentes dos Homens de Preto também por todo o globo. É nesse contexto que conhecemos a jovem Molly (Tessa Thompson) que, depois de vivenciar uma experiência com um alien quando era criança, tenta de todas as maneiras descobrir a agência e ser um homem (ou no caso, mulher) de preto.
Enviada em experiência para Londres ela conhece o agente H (Chirs Hemsworth) um dos mais experientes agentes da organização. As circunstâncias que aproximam os dois para trabalhar juntos são interessantes e agora é necessário descobrir um traidor entre os Homens de Preto.
Alguns atores visivelmente funcionam como dupla de comédia e este é o caso de Tessa e Chris. Os dois tiveram uma boa dinâmica em Thor: Ragnarok, então nada mais natural que fazerem outro filme juntos. Reformulando a dinâmica do policial certinho e o que foge às regras, os dois encontraram sua própria forma de funcionar como brothers, o que não dá muito certo quando o roteiro de Matt Holloway e Art Marcum tenta levá-los para um lado mais romântico.
Juntando essa dupla de protagonistas aos elementos já conhecidos da franquia, armas iradas e aliens diferentões, parecia que nada poderia fazer o filme dar errado certo? Afinal, os dois primeiros atos retomam a sensação dos filmes anteriores e até contam com easter eggs bacanas. Mas a trama começa a desandar quando se aproxima da resolução e o roteiro parece se perder se tornando previsível e deixando no ar algumas coisas.
A ameaça maior no desfecho rouba um espaço da história, que poderia ter desenvolvido melhor os personagens e motivações de Riza (Rebecca Ferguson), por exemplo, ou dos aliens gêmeos que somem em um determinado ponto da história.
Ao tentar construir o quebra-cabeça como no original de 1997, a história deixa pontas soltas e não explora o que já foi entregue. Fica parecendo que o final foi resolvido de forma corrida. Mas, apesar de todas essas ressalvas, o filme mantém aquela aura de Sessão da Tarde: um filme divertido que distrai e entretém!
Deixe uma resposta