Se antes de Aquaman a pergunta era se ainda existia uma luz no fim do túnel para a DC nos cinemas, filme solo do Rei dos Mares responde que sim, e que ela se encontrava no ponto mais profundo do oceano
“Apresentado” em Batman v Superman e ganhando ainda mais destaque em Liga da Justiça, Aquaman apareceu nas telas não como o herói que todos conhecíamos dos quadrinhos: brincalhão, de bem com a vida e que não estava nem aí para seu papel como Rei de Atlântida. A escolha de Jason Momoa não irritou os fanboys e ainda declarou o seu amor pelo personagem prometendo um filme solo que em sua premissa vinha para causar impacto.
Dois filmes e cenário preparado para uma aventura solo do membro mais menosprezado da Liga da Justiça nos quadrinhos. Aquaman começa com um personagem estereotipado, com uma boa ação aqui e ali, até que Mera aparece e muda o destino de Arthur Curry fazendo ele reconhecer que ele é um metahumano dos mares.
A partir daí entramos em uma aventura onde Arthur mergulha na história e mitologia de Atlântida. Tudo excepcionalmente dirigido por James Wan que, visualmente, entrega a perfeição para os espectadores. Seus enquadramentos, seus planos sequência e cenas de ação repletas de movimento. Diretor levou para os mares tudo o que já era conhecido de sua direção em filmes anteriores como Velozes e Furiosos 7 e Invocação do Mal.
A fotografia de Don Burgess, que já havia trabalhado com Sam Raimi no primeiro Homem-Aranha, graças a um orçamento nas alturas, ousa e apresenta planos que, sinceramente, a vontade que surge nos espectadores é de tirar uma foto, fazer um quadro e pendurar na parede de casa.
Verdade seja dita, o filme não oferece muita coisa além do espetáculo e diversão. O roteiro é bem encaixado, as coisas fazem sentido e os vilões têm suas motivações bem explicadas. A jornada do herói funciona perfeitamente, seu ritmo é bem dinâmico e mescla bem os diálogos com as cenas de ação. No meio disso as famosas transições de cena características de Wan aparecem e encantam. Sim, você se diverte em um filme da DC!
Jason Momoa está bem em seu papel e entrega um herói carismático e poderoso, que por mais que demore, entende o seu devido papel como verdadeiro Rei de Atlântida
Aquaman é um ótimo filme que tem de tudo, de lasers a um polvo tocando bateria, mas vai, além disso, ao passar uma mensagem de conscientização para a proteção do meio ambiente. Finalmente a DC soltou das amarras de Christopher Nolan e o clima mais pesado dos seus filmes ficou no passado.
Agora é aguardar que Shazam seja tão bom quanto.
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