Artists’ Alley na Comic Con Experience: como foi
O Artistis’ Alley foi um espaço dentro da Comic Con Experience voltado para os quadrinistas (nacionais ou internacionais, independentes ou do mainstream), onde eles apresentaram seus trabalhos e também interagiram com seu público, com vendas de prints, artes originais, sketchbooks e ainda derão várias entrevistas. Ou seja, foi a hora de conhecer e ficar perto do seu artista preferido, perguntar como funciona seu trabalho, e até mostrar seus próprios trabalhos esperando dicas.
A experiência de uma Comic Con compreende uma grande atenção ao Artists’ Alley, e este foi o maior Artists’ Alley da América Latina. Inicialmente, o evento garantiu 64 mesas confirmadas, e a briga por estas mesas foi enorme, cerca de 180 inscritos entre fevereiro e março, logo, o número de mesas teve de aumentar para 90, que em sua maioria, foram divididas por até dois artistas.
Além de muitos artistas estrangeiros, tivemos nomes nacionais como Gabriel Bá e Fábio Moon, Roger Cruz, Danilo Beyruth e Rafael Albuquerque; Cris Peter autografando seu livro sobre colorização, Gustavo Duarte com seu trabalho em Guardiões da Galáxia para a Marvel, e os carismáticos irmãos Vitor e Lu Caffagi.
Falando do espaço, o local para o Beco dos Artistas ficou bem próximo à única saída do São Paulo Expo, e ficava de frente para stand da Marvel/Disney, logo, era uma via de muito acesso e de passagem obrigatória, o que fez com que todo mundo passasse por lá e curtisse um pouco do mercado independente.
Outra coisa que ajudou bastante no engrandecimento do evento, foi o valor cobrado pelas mesas de expositores. Os valores partiram de R$ 375 no início, para quem fez a reserva logo nos primeiros lotes, e R$ 500 sendo cobrado num prazo maior, sempre com uma mesa comportando até 2 artistas. Mas as mesas não eram lá muito grandes, então alguns artistas ficaram apertados em meio a pôsteres e comissions. Mas ao que parece a culpa não foi da organização da CCXP. Segundo informações, a empresa que iria alugar as mesas não pode cumprir o prazo, e a CCXP correu atrás de uma substituta, logo, as mesas acabaram sendo as de escritório mesmo.
Falando dos problemas na estrutura, bem, ficamos sem internet no evento, o que fez com que as máquinas de cartão não funcionassem e que muitos expositores perdessem boas vendas, nem todo mundo anda com R$500,00 na carteira.
O mercado independente esta diretamente ligado ao fato de você comprar algo que não esta nas bancas todos os dias, somado à CCXP, você ainda poderia conhecer o autor, e ter um autógrafo todo personalizado. A editora Panini produziu várias capas em branco para suas revistas mensais com o propósito de que os fãs pudessem ter a capa desenhada por algum dos artistas como Ivan Reis, Daniel HDR ou Rodney Bucchemi.
E a estratégia funcionou! As filas de fãs que queriam uma capa exclusiva era enorme, inclusive, alguns deixaram as revistas com os ilustradores para retirarem apenas em outro dia do evento.
A Supernova Produções também compareceu com toda a sua equipe, que conta com artistas como Denis Dyn e Geanes Holland, e lançaram a HQ Anarquia, a nova aposta da editora criada por Emílio Baraçal e Eduardo Vienna. Além de mostrar uma versão online da mesma, você pode conferir as novidades na página deles no Facebook.
Quem também estava lá era o pessoal do 2Minds, um estúdio independente de ilustração extremamente criativo e engraçado, a dupla Thiago e Luiza levou artes de Doctor Who e de jogos como LOL, Dota e World of Warcraft.
Não pude deixar de conhecer pessoalmente artistas como Edu Vieira (designer de personagens 2D), Vencys Lao (Dia do Porko), Luciano Salles (L’Amour: 12 oz), Marcelo Matere (Transformers), e toda a equipe do QUAD, quadrinhos futuristas criados por Diego Sanches, Aluísio Santos, Eduardo Ferigato e Schaal.
Ainda é difícil de comparar o evento com uma San Diego Comic-Con, mas os artistas disseram que ela não ficou devendo em nada ás outras edições. O evento cumpriu com seus maiores objetivos: aproximar o público de quadrinhos de seus ídolos, e mesmo os que não eram tão fãs, descobriram que há quadrinhos pra todos os gostos.
Além de, alimentar e instigar o mercado de entretenimento, um evento como a Comic Con Experience tem o poder de mudar o mercado no Brasil, movimentando toda uma cultura pop que gira ao redor. Lá tivemos uma experiência real do que é um verdadeiro Artists’ Alley, do que é uma Comic Con e o mercado pop que movimenta milhões no mundo todo.
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